13.11.12

Re-start

Cansei-me da imagem do blog.

Já não me dava muito prazer visitá-lo, não me identificava com as cores e achei que o link de apoio ao Japão, a propósito da calamidade, já não era adequado. Retirei-o simplesmente, sem dramas.

Esta leveza que sinto agora no design novo inspira-me a ideias claras e límpidas. Talvez por sentir assim as minhas ideias e o meu espírito é que senti esta necessidade de mudança. A propósito de espírito tenho andado a ler um livro dum tal Howard Cutler acerca do Dalai Lama. O livro intitula-se Um guia para a vida. Penso que a leitura me permitiu organizar algumas ideias. O que acho mais interessante é a escrita me ter parecido tão próxima e não tenho largado o livro. Já ia a meio do livro quando prestei atenção ao facto do autor dizer que é psiquiatra e, ainda mais à frente, mencionar Viktor Frankl. Às vezes sou tão despassarada!

O livro fala dos ensinamentos do budismo acerca da felicidade e o que fazer para a atingir. O autor descreve algumas conversas que foi tendo com o Dalai Lama e vai fazendo um contraponto com as teorias da psicologia e com algumas técnicas dos vários modelos de psicoterapia. Posso dizer que existem tantos pontos comuns. Por vezes, na história humana, é mesmo isto que se passa. Em pontos diferentes do planeta alguns humanos vão desenvolvendo teorias ou filosofias coincidentes apenas porque se debruçam e observam a natureza humana. A filosofia budista é muito mais antiga do que a psicologia, do que a psicanálise, do que as psicoterapias. Por isso, nalguns pontos divergentes, o budismo vai um pouco mais além. Bem, não me parece estar a ser justa. O que se passa é que os ensinamentos budistas congregam muitas das ideias e resultados de estudos que têm vindo a ser desenvolvidos por diversos autores dentro da psicologia. E o facto de congregar aspectos da neurologia com aspectos da psicoterapia cognitvo-comportamental ou da psicoterapia dinâmica dá-me a ideia de ir mais além.

Encontrei este livro na biblioteca perto da minha casa. Ou o livro encontrou-me a mim.
Quase quinzenalmente vou à biblioteca com a minha filha mais nova. Ou seja, entramos na biblioteca. Passamos lá todos os dias nas nossas viagens entre casa e escola mas raramente entramos: esquecemos o livro ou o filme para trocar. Por isso acabamos por fazer visitas quinzenais. Quando lá vou trago sempre qualquer coisa para mim. Mas, depois de olhar para as várias prateleiras com livros, acabo por apanhar um livro que esteja na mesa, mesmo à entrada, e que me tenha captado a atenção. Este livro que ando agora a ler também estava nessa mesma mesa à entrada. Começo a pensar que algum livro ali me espera. Quando terminar este veremos o que  a sorte me traz.

Até lá tenho o espírito límpido e claro.

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