21.9.06

GOSTO E NÃO GOSTO

Gosto quando te despedes de mim com um beijo.
Não gosto que critiques. Deixa-me um sabor amargo na boca. Mesmo que não sejam direccionadas para mim, quando o fazes, a mancha negra que se infiltrou há muito no meu hará aumenta como uma mancha de tinta no papel.

Não gosto que digas "está bem" sem dares luta, sem te importares. É como se não quisesses saber dos meus sentimentos. Estás farto?
Gosto muito quando me sorris.

Não gosto quando te colocas num grupo e me colocas e aos restantes rebentos noutro. Como é que se parte assim? Não será eu, tu e os rebentos? Porquê tu de um lado e eu e os rebentos doutro?
Gosto quando há cumplicidade entre nós.

Não gosto onde estamos. Faz-me ter que sentir um nada e ao mesmo tempo uma dor.
Gosto onde estamos. Parece-me que avançámos muito nestes ultimos tempos.

Gosto das crises. São como as grandes revoluções, fazem-nos avançar.
Não gosto das crises. Avançamos, mas tem custos e não sabemos para onde.

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